terça-feira, 28 de setembro de 2010

Hospital hoje? Nem pensar!

Por Mik

Fomos ao dermatologista e ao endocrinologista. Hora de fazer alguns exames.
A endocrinologista pediu vários exames de sangue.
Descobrimos que a coleta seria feita no 1º andar do hospital. 
Fomos lá ontem, mas não tinha ninguém para dar informações.
Ok.
Para quem já fez exame de sangue sabe o que é preciso... jejum de 12 horas, certo?

Hoje foi dia de fazer exame de sangue.
Chegamos lá, por volta das 8:30hs e tal foi a surpresa quando... 
Não tinha quase ninguém?!?! 
Como assim?!?!
Se fosse no Brasil estaria lotado de gente!
Das duas, uma:
Ou brasileiro tem mania de doença e precisa tirar sangue o tempo todo!
Ou aqui o exame é tão caro que quase ninguém faz...

Descobrimos.... 2ª opção.

Hoje pagamos 8040 rupias (R$306) para fazer os exames de sangue.
Para quem pagou 700 rupias na consulta com a endocrinologista, achei very expensive!
Descobrimos que o hospital ganha dinheiro é nos exames.
Vai vendo!!

Não chegamos a levar todo esse dinheiro para o hospital.
Tentamos passar o cartão, no working. 
10x0 (Máquina de cartão e atendente)
Johnson teve que sair para ir ao banco buscar dinheiro.
Como tinhamos dinheiro para os meus exames, fiquei para tirar sangue.

Hora de tirar sangue.
Antes de entrar me entregam um potinho.

Por favor, colete sua urina.

mas agora???

Sim! O banheiro fica logo ali a esquerda.
 Lá fui eu ao banheiro...

Banheiro com sanitário ao chão. Perceba o balde e a torneira para que o índividuo realize sua higiene após o feito!
Imaginem-se, mulheres, nesse banheiro sem apoio para a bolsa, - detalhe: Johnson havia saído para ir buscar dinheiro, eu não tinha com quem deixar nada! - piso todo molhado, sabe-se lá de quê?!
Ok. Respira fundo. Medita 10 segundo e tenta!

Curiosidade: Não aparece na foto, mas no canto direito da foto tinha um sabonete no chão, para quem quisesse se lavar!

Dez minutos depois de conseguir tirar minha calça, pendurá-la na porta junto com minha bolsa, minha pashimina, meu óculos escuros e a pasta médica do hospital... me equilibrei e consegui coletar a danada da urina.
PQP mil vezes!!!
Sai de lá entreguei o potinho e entrei na sala para tirar sangue.  (a essa altura, Johnson já tinha voltado).

De primeira a enfermeira pegou minha veia - coisa absolutamente difícil para enfermeiros brasileiros que normalmente me furam 2 vezes até achar a danada da veia. Boa!

Até ai tudo normal.
Quando ela termina de tirar 3 tubos de sangue, ela me avisa que eu deveria ir, tomar meu café da manhã e retornar em 2 horas para coletar mais sangue!

Vai vendo meu povo!! Tá achando que é mole ser brasileiro na Índia!

Temos ido ao hospital quase todos os dias da semana.
Pedi para a secretária marcar Endocrinologista, Dermatologista, Oftalmologista, Ginecologista e Clínico Geral.
Tinha certeza absoluta que ia demorar. 
Acostumada com o sistema brasileiro de atendimento hospitalar...
Que nada! Todos, praticamente, na mesma semana.

Hoje a noite estava marcado oftalmologista para mim. 
Tenho sentido muita dor de cabeça ao ler. Acho que está na hora de usar óculos. Mas depois de duas idas ao hospital, o Sr. meu marido decidiu:
Hospital hoje, depois de ter ido duas vezes pela manhã e logo que eu sair do trabalho?? Nem pensar! Preciso descansar.

Pois bem.... remarcamos o oftamologista para próxima semana.
Amanhã voltaremos na endocrinologista, com os exames que ficaram prontos hoje, e na quinta teremos clínico geral.

Um amigo me perguntou no facebook:
e como ta aí? Divertindo-se? Já pegou alguma doença seria ou ta tudo tranquilo?

Com tantos exames e médicos; doença??
Dessa mal não sofreremos!

Vai vendo!!!

Índia, mística?!

Por Mik

Alguns causos...

Sexta fomos ao dermatologista. Estamos fazendo um tratamento no rosto. Havíamos combinado com o médico que cada sessão sairia para o Johnson- 1000 rupias (R$38) e para mim - 1500 rupias (R$57). Ao final da consulta a recepcionista cobrou 4000 rupias (R$152) do Johnson e 4500 (R$171) rupias de mim. Só me dei conta disso depois que sai do consultório. Isso me deixou um tanto incomodada. Me senti enganada.   

Comentei sobre o assunto com uma indiana que conhecemos aqui. Ela me disse: "Vocês são brancos! Os indianos SEMPRE vão cobrar a mais de vocês." Falei que o meu incomodo foi porque o médico havia falado um valor e na hora do pagamento foi outro. Não me incomodei por pagar 4500 rupias, visto que nem me dei conta do valor na hora do pagamento. Fui me dar conta depois, quando cheguei em casa. Quando olhei para o papel, no qual o médico escreveu o valor, e vi que ele nos cobrou muito além do combinado. Ai sim, fiquei PDV.

Enfim... 
1º aprendizado do final de semana: Quem mandou ser Branca, não saber Hindi, não falar Marathi? Agora paga mais!!
Começamos a acreditar...
3ª orientação: "Cuidado" com os indianos, eles mentem! Sempre vão mentir. Taxista, comerciante... Eles precisam de dinheiro, e você estrangeiro, tem o que eles precisam. O roubo aqui não vai no susto, ou no (sobre)assalto, mas na cara dura mesmo. Se vale 100, eles cobram 200. 

Detalhe que ser negro também não é uma vantagem por aqui.
Eles discriminam indianos que não tenham a pele clara.
Nos comerciais vemos VÁRIAS propagandas de cremes para clarear a pele.
A mais famosa é Pond's White Beauty. 
(Vejam como eles tratam o assunto, no final desse video)



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mas pô, galera!!



Por Mik 

Sempre que penso em escrever no blog, fico imaginando a forma mais engraçada de contar um "causo". 
Depois da última postagem, muitas coisas aconteceram, mas nenhuma que eu julgasse de fato interessante para torná-la pública e engraçada. 
Ao mesmo tempo me questionava, mas será que tudo tem que ser engraçado?

Até que recebo um email, de um querido amigo, dizendo:
(Querido, se me permite, irei transcrever parte do seu email...)

"JORNAL PARA QUE?"

É esse o título da última postagem (...)
Pois esse título, e isso tudo não há de ser fantasia de minha cabeça, já tem, sim, embutido, implícito, subentendido, nas entrelinhas, whatever! um - "Medite sobre isso!!!" Ah, tem!

Pois, ainda que contrariado, me pus em posição de lótus, fechei os olhos, abrandei a respiração, serenei a mente e comecei a repetir, como se se tratasse de um mantra: "Jornal pra que?"

Jornal pra que?, jornal pra que!, jornal pra que... jornal pra que?!, jornal pra que... Bingo!!! Lá pela quinquagésima repetição, me veio o texto todo!

"O Conexões Mik & Johnson é um blog, não é um jornal, caceta!!! Não adianta virem vocês nossos leitores de expectativas, pressionando pra que a gente (Mik e Johnson) escreva um texto por dia, porque não vai rolar!!! A lei áurea é véia, mas ainda vige, ora essa!", etecéteras e tal.

Mas pô, galera!!! Tamo aqui na seca, sem notícias, sem novidades, sem nos divertirmos com os relatos de vocês, sem matarmos a saudade, e não é apenas de um mero domingo pra uma ordinária segunda, não! Sem querer pressionar e já pressionando, bate um sonoro tambor daí, véi!

Depois desse email, como não escrever? rsrs
Amei!!
Ramon, querido, você é ótimo!

Então... 
Que rufem os tambores!!!

Indianos tocando no Ganesh Chaturthi
 Ouvi? rsrs

Pois bem...
Hoje (22.09) é o dia!
Eles chamam de Festival Anant Chaturdashi.
Essa festa acontece em toda a Índia, 10 dias após o Ganesh Chaturti
Hoje é o dia de "Ganesh ao mar" - Ganapati Visarjan!

Ganapati Visarjan
A Índia está em festa. Já passa da meia-noite e ainda se ouve fogos e pessoas cantando e dançando na rua. 
Do dia 11.09 até hoje, muitas foram as comemorações por ocasião do aniversário de Ganesha.
Descobrimos que a imersão da imagem não acontece só no dia de hoje, mas durante todos os 10 dias. Eles começam jogando as imagens menores até o 11º dia, quando jogam a maior delas. Aquelas que chegam a medir mais de 5 metros de altura - que normalmente são produzidas pelo governo da Índia, para ficar em locais específicos da cidade. 
Tudo isso com muita dança, canto e cor. 
Cor sim! Porque se não contei, conto agora.
Além de cantos e danças eles jogam farinhas coloridas uns sobre os outros, como parte do ritual.
Enfim...
Sexta (17.09), fomos convidados para um jantar na casa de um brasileiro.
Fomos de táxi, do tipo 1.
Na rua a energia era tão forte, que me invadia a alma.
Famílias cantando e dançando enquanto empurravam uma carroça com a sua imagem de Ganesha. Algumas tocavam tambores, num ritmo nunca visto.
Johnson chegou a comentar: "mas nem pra tocar direito!" 
Vai vendo!!
Até que percebemos a beleza dos tambores, junto com a dança e os cânticos.
Simplesmente energizante, envolvente, devocional.
Muito bonito.

Pena que a máquina estava sem bateria, teríamos tirado belíssimas fotos.
Ano que vem, prometo, e aqui deixo registrado... tirarei várias fotos com a minha cannon. rsrs 

Detalhe: Levamos o dobro de tempo para chegar na casa do brasileiro. Já que a prioridade, na rua, nesse dia, era das famílias em seus cortejos.

Queridos, amigos, família...
O processo de adaptação está cada vez maior/melhor. 
Hoje recebi um email de uma pessoa muito querida que dizia:

Perceba que tudo é feito para seu bem e para sua evolução, como dizia Jesus, "Não cai uma folha da árvore, sem a vontade de Deus..."

Temos a certeza de que nada é por acaso e que por mais que o corretor do apartamento, junto com o dono, estejam querendo se dar bem no fechamento do contrato... logo, logo, estaremos com a nossa casinha pronta para recebê-los e imergi-los não no ganges ou no mar de mumbai... mas na nossa viagem, que além de cultural, tem sido para lá de espiritual.

Saudades!!

Ps.: Adoro quando vocês deixam comentários. Motiva a escrever mais!


domingo, 12 de setembro de 2010

Jornal pra quê?

Por Mik

Ontem foi feriado na Índia.


Ganesha, Ganapati

Todo ano, entre os meses de agosto e setembro, acontece principalmente nas cidades de Maharastra, Goa, Gurajat, Orissa, Karnataka, Tamil Nadu e Andhra Pradesh, o festival GANESH CHATURTHI
A data vai de acordo com o calendário nacional indiano, mas sempre cai no mês Braadrapada. Contam-se 10 dias do 4º dia de lua crescente de Braadrapada até o 14º dia, quando somam 10 dias de celebração. Nessa época comemora-se o aniversário do Lord Ganesh, e tudo termina no dia de Anant Chaturdashi, que é 11º dia após a comemoração do Ganesh Chaturthi.
 
Quando você pensa que acabou, tem mais...

Tudo começa de 2 a 3 meses antes. Quando os artesãos começam a "produzir" vários tamanhos de ganesha. Tem ganesha que chega a ter mais de 8 metros de altura. 

Eles levam a estátua para dentro de suas casas e untam com um unguento vermelho ou com pasta de sândalo. Oferecem coco, açúcar mascavo, 21 modakas, 21 folhas de durvas e flores vermelhas. Além disso cantam hinos védicos durante esses 10 dias. 

Durva
Modaka


Olha a magia ai meu povo!

Acha que acabou? Vai vendo!

No 11º dia eles retiram a imagem de dentro de casa e saem em procissão pela rua, cantando e dançando até chegar ao mar. Ai rola o Ganesh Visarjan, tipo Ganesha ao mar! 

Lembrou de rituais semelhantes??? Então vem comigo!

Eles jogam a imagem ao mar, acreditando que ali ganesha encontrará a passagem de volta para sua casa em Kailash, levando consigo todos os males que incomodavam seus devotos. Removendo todos os obstáculos e deixando só paz e prosperidade.

Enquanto jogam a imagem, vão gritando...

Ganapathi Bappa Morya, Pudhachya Varshi Laukar ya - Oh Senhor Ganesha, venha mais rápido  no ano que vem. (Esse ano o ritual de ganesha ao mar deve acontecer dia 22.)

Ontem a cidade era só luzes. Vários grupos reunidos cantando os hinos védicos.

Hoje, como de costume, acordei e fui pegar o jornal na porta. 
Surpresa! 
Não tinha nenhum jornal. 
Sempre tem. 

Então, meu amado e atencioso marido liga na recepção e...

Johnson: Não recebemos o jornal hoje. Acredito que deva ter ocorrido algum engano.
Concierge: Não senhor. Ontem foi feriado de Ganesh Chaturthi. Não houve produção de jornais. Ninguém trabalha no dia de Ganesh Chaturthi.
Johnson: Me desculpe. Obrigado e tenha um bom dia!

Ps.: Já imaginou o Brasil parar no Carnaval, no Corpus Christi, na Páscoa, no Ano Novo, no Natal??

É meu povo...
Jornal pra quê? Se você está na Índia e as notícias são todas sobre Dabanng - a última sensação de Bollywood, e os suícidios por motivos relativamente indianos... 

Vai vendo!!!!


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

HyperCity, HyperEngarrafamento, HyperMuamba.


Por Johnson

Sete de setembro. Data nacional. Questionamentos, reflexões, análises, chororôs, apelações, memórias curtas à toda. De lado a outro. Nota-se, também, expressões de uma 'consciência' sincrônica, atual, de uma visão engajada, por muitos no nosso país. Sinto que a grande maioria não tem uma opinião, em si, qualquer que seja, desde que construída sobre qualquer alicerce de observação.

Política, o jogo dos homens e massas, é assim. "Consciência", ao meu humilde ver, é algo que a 'visão de jogo' do mundo perpassa, mas não alcança. É mais o que você faz, quem você é (a melhor pergunta de todas).

That being said... 

Ontem, ferí de 7 de setembro, fui ajeitar a barba no Taj Palace Hotel. Tido como marco histórico da cidade (curtir o link), alvo de ataques terroristas de grupos islâmico-paquistaneses em 2008 (tem marca de bala de fuzil pelo comércio até hoje), é um 5-estrelas de verdade. Mas bonito mesmo, um palácio por fora, um palácio por dentro, grifes, restaurantes, tudo-que-é-tipo-de-serviço-que-um-filho-da-sua-gentil-genitora-poderia-um-dia-qualquer-desejar-style.

Pegamos um 'cool cab' (tipo 'crasse' B) de lá mesmo e fomos longe, mas longe, longe mesmo até o subúrbio de Malad West (36km da base), bem depois do aeroporto, atrás duma loja de departamentos, o Hypercity India, que já tinha sido amplamente pesquisada desde o Brasil, antes de chegarmos.

Mas demora. E o motora, Mr. Lalu, se degladia com três faixas estreitas, nêgo buzinando vindo de trás querendo 'abrir' uma 'quarta' faixa entre geral e o pau comendo, buzina daqui, tô passando, buzina de lá, pedestre, motoca, riquexô (auto-rickshaw), vaca parada no acostamento, chuva fina, caminho longo. Metal. Ou tu fica meditativo, ou pira. É melhor relaxar.

O tratamento dos indianos ao mar, perdoem as forças, tem que ser objeto de estudo de conservação, estudo antropológico, de ética, é absurdo, coisa pra outro(s) post(s).

Mas o fato é que se cruza uma bela ponte que conecta (Worli Sea Link), ou marca, naquele ponto, a divisória entre a cidade peninsular, centro-sul, e os subúrbios, mais ao norte. A diferença não é tremenda.

Anda-se mais um tantão e chega-se ao até modernete mercado, meio que um "Extra" da quebrada.

Não vamos falar de valores, mas as compras, mantimentos, são baratos, como o custo de vida geral aqui, pra quem não ganha em rúpias e o salário padrão indiano. Os eletrônicos, eletros, móveis etc, uma barganha. Mas barato mesmo, coitado do Ricardo Eletro. Câmera digital, barbeador, informática, tela LED 3D...de 1/4 a 1/3 do preço no Brasil. Compramos uma digitalzinha pra registrar alguma coisa.

Na volta testamos o videozinho HD da Cybershot no taxi, com o Mr. Lalu assuntando nossa proveniência, opinião sobre a cidade.



Demos até pala - cantando sertaneja - pra observação da Mik a respeito das "iluminações da cidade" (efeito Gisele Bündchen*).



Voltamos cansados, Mik com dor-de-cabeça, mas a "muambagem mumbaikar" foi proveitosa, jornada crazy e educativa, no sentido de que pra se viver por aqui, há que se saber lidar com multidões e frotas e fluxos.


Imagens próprias (como a do nosso "mocó", "stash" de água, cerva, vinhos, leite, refri e outros) agora disponíveis!



Besos.


Post Scriptum: Videozinho do Mr. Lalu assuntando sobre a "society" (condomínio) do prédio onde moraremos. Perceba que aos 26-27 segundos do vídeo (~00:26) ele pergunta: "Where from you?", meio "Mim Tarzan, Onde Você?", e depois que respondo - mezzo Joel Santana, mezzo Apu dos Simpsons, ele emenda de três dedos, no susto: "BraZÍL!!...good footbol...Brazíla very nice pleace...". Figura. Faz ponto de taxi na frente do Taj Palace a 20 anos.



*O efeito Gisele Bündchen consiste em esquecer-se de palavras, expressões etc, ou de seu emprego, em sua língua materna, quer por falta de contato, ou por imersão em meio linguístico-cultural outro. A referida beldade frequentemente alega "...como se diz mesmo x, isso em português?!?...", ou "...ai, gente, isso é sooooo last season..." e coisas do gênero. Todos temos episódios, não mata ninguém, mas a leitura de literatura lusófona de qualidade previne e mitiga os efeitos da malfadada Síndrome.

domingo, 5 de setembro de 2010

Quem merece?

Por Mik

Hoje acordamos e decidimos almoçar no Tetsuma - já jantamos lá; comida muito boa e lugar agradável - e depois fazer compras no Nature's Basket - é "O" lugar no qual fazemos nossas compras de mercado, tipo  um Oba na Índia.
Tetsuma
Tetsuma

Já que estamos sem carro, fomos a pé.

A caminho do restaurante encontramos nosso amigo corvo. Já falei sobre eles?

Eles são parte de Mumbai. Não existe um só lugar que você vá que não tenha um único corvo.  A primeira vez que ouvi falar sobre eles aqui, foi quando nos mostraram a direção da Torre do Silêncio.

A Torre do Silêncio, ou Dakhma, é onde são colocados os corpos dos parsis (seguidores do zoroastro) falecidos para que sejam comidos pelos corvos. Tem quem diga que já viu pedaço de gente que o corvo catou e deixou cair...

Bem, depois dessa rápida e digestiva explicação... vamos continuar...

Quem merece estar caminhando pela rua e se deparar com um rato morto? e com um corvo comendo um rato morto como se fosse o sashimi mais gostoso?!?!

Ninguém merece!!!

Ainda bem que o japonês tava fechando e que moramos bem longe da torre do silêncio!!

Ps.: Fomos comer no Café Basilico, um bistro italiano delicioso!